Linha Aleatória___Hoje comprei um calendário de chocolate
Existe um consumismo enorme à volta do Natal e por vezes o verdadeiro significado do Natal é esquecido. Provavelmente, todos nós temos noção que esta época existe como forma de preparação e celebração do nascimento de Jesus. Sabemos que o natal ideal é ao redor de uma lareira ou de uma mesa bem recheada junto da nossa família. Temos plena consciência que devemos ajudar os mais desfavorecidos de modo a que eles tenham um Natal um pouco melhor. Sabemos também, que as lojas faturam imenso e utilizam as publicidades e as promoções como seus maiores aliados para promover os seus produtos nesta época (tal como nas restantes). É verdade, porém vamos sair um bocadinho fora da linha do pensamento geral.
Não é por isso que se criticam coisas semelhantes no resto do ano. Então na Páscoa critica-se com tanta força a venda dos coelhos, ovos e amêndoas da “páscoa”, que em nada estão relacionados com a morte de Jesus? O natal deve ser passado em família, é claro. Então e o resto do ano não se deve passar com a família também? E as boas ações para com os mais desfavorecidos? É só no natal que precisam de ajuda? Quando se fazem campanhas solidárias no resto do ano já ninguém “tem dinheiro” ou já todos sabem perguntar quem é que os ajuda a eles. E as lojas, que são os vilões da história? É claro que eles não vão aproveitar as trocas de prendas para arranjar mais dinheiro para ajudar a economia do país e as suas próprias contas. É melhor não utilizarem os recursos existentes para promoção e queixarem-se da crise.
É óbvio que, como tudo na vida, nem todos se identificam com o raciocínio que acabei de descrever. É sabido que os centros comerciais iniciam a sua época natalícia em novembro, as publicidades giram à volta das prendas e do Pai Natal e poucos se lembram da verdadeira origem do Natal: o nascimento de Jesus Cristo. É um facto! E sendo cristã católica, deveria ser igual a meio mundo e dizer que “o resto do mundo”, só quer saber do natal pelas prendas. Só se interessam pelas tradições “pagãs” e não pelo verdadeiro significado. O nascimento do cordeiro puro, que veio ao mundo espalhar amor e a paz e perdoar os nossos pecados, para nossa salvação. Deveria dizer que todas essas pessoas seguem uma tradição errada mas não digo! Por muito que goste da celebração do nascimento de Jesus, que na minha opinião, é das cerimónias mais bonitas, não vejo mal nenhum em juntar novas tradições às que já existem. Porque é que trocar prendas com os que mais gostamos, cantar músicas que promovem o amor, alegria e paz e decorar as nossas casas tem de ser considerado pagão? É uma época tão jovial e harmoniosa que acho que a expressão o natal é quando o homem quiser deveria ser relativamente ao espírito natalício. Então entrando no espírito, hoje comprei um calendário de chocolate e vou iniciar a minha contagem decrescente para o natal. Vou construir o meu presépio e montar a minha árvore de natal juntamente com a celebração do advento.